Idade: 6-7 anos
Facilidade *****
Visão geral
Nesta atividade propomos a exploração dos fenómenos da luz e da sombra através da realização de experiências com alguns materiais e objetos de uso corrente. A utilização de tecnologias digitais serve, neste caso, para apoiar os processos de registo de ideias e de sistematização dos conhecimentos adquiridos por parte dos alunos.
Descrição
Comece por explorar as ideias dos seus alunos sobre a luz, pedindo-lhes que elaborem uma lista de objetos que emitem luz, utilizando para este efeito o quadro interativo ou o computador ligado a um projetor. Permita que os alunos façam o registo de todas as ideias, ainda que algumas delas não estejam corretas, porque isso será importante para rever e avaliar a evolução da aprendizagem de cada um.
Feito o levantamento e registo das ideias dos alunos, desenvolva um diálogo com os alunos questionando-os, por exemplo, sobre a natureza das fontes de luz identificadas, como se propaga a luz proveniente desse objeto, qual a intensidade da luz e como usamos essa luz no nosso quotidiano. Proponha aos alunos para reorganizarem a listagem inicial em função das propriedades discutidas, levando-os a realizar conclusões do tipo “para que haja luz é necessário que exista uma fonte luminosa capaz de a produzir”, “a luz pode ser natural ou artificial”, “o Sol é a maior fonte luminosa que transmite luz e calor para a terra”, etc.. De seguida organize os alunos em pares e peça a cada grupo para escolher um dos objetos estudados, para o ilustrar e para registar o que já sabe sobre a luz que ele emite recorrendo a um programa de desenho (TuxPaint, Kidpix ou outro similar).
Finalizada esta atividade, pergunte aos alunos o que pensam que acontece quando a luz produzida por uma fonte luminosa incide sobre um determinado objeto. Estimule a curiosidade dos alunos tomando como ponto de partida questões como as seguintes: será que a luz emitida por diferentes objetos passa por todos os tipos de materiais? será que diferentes objetos produzem sombras diferentes? será que as sombras se movem quando movemos a fonte de luz?, etc.. Com os alunos organizados em pares, forneça a cada grupo uma pasta com um conjunto de fontes luminosas (ex. lanternas, velas, candeeiros), um conjunto de objetos reais (ex: bolas, cilindros, cubos) e um conjunto de folhas retangulares de tamanho A5 de diversos materiais (ex: acetato, acetato colorido, acrílico opaco, acrílico transparente, acrílico escuro, acrílico fosco, celofane colorido). Deixe que os alunos observem e registem (com auxílio de máquinas fotográficas digitais, por exemplo) o que acontece em situações diversificadas, previamente planificadas. Poderá pedir, por exemplo, que verifiquem o que acontece quando: (1) a luz produzida por uma determinada fonte é apontada para diferentes materiais; (2) quando coloca um ou vários objetos entre a fonte de luz e uma determinada folha; etc.. Poderá variar e diversificar o tipo de experiências de acordo com as características e as necessidades dos seus alunos, mas certifique-se que no final da exploração eles são capazes de elaborar conclusões do tipo “os materiais opacos não deixam passar a luz, os transparentes…”, “à medida que afastamos a fonte luminosa de um objeto a sua sombra vai diminuindo”, etc. Para finalizar, incentive os alunos a representar os seus conhecimentos de forma criativa e original! Poderá ser interessante , por exemplo, desafiá-los a construírem um cartaz em formato digital, utilizando os registos fotográficos que fizeram ao longo do processo experimental dedicado à exploração das sombras.
Recursos necessários
- Dispositivo de apresentação ligado a um computador (quadro interativo ou projetor).
- Computadores com um software de desenho previamente instalado (TuxPaint, Kidpix ou outro similar).
- Fontes luminosas (ex. lanternas, velas, candeeiros).
- Objetos reais (ex: bolas, cilindros, cubos) .
- Um conjunto de folhas retangulares de tamanho A5 de diversos materiais (ex: acetato, acetato colorido, acrílico opaco, acrílico transparente, acrílico escuro, acrílico fosco, celofane colorido).
- Máquinas fotográficas digitais.
- Software para criação de cartazes digitais (ex. Glogster ou similar)
Mais-valias para a aprendizagem
Esta atividade é adequada para ajudar os alunos a reconhecerem a diferença entre fontes de luz natural e fontes de luz artificial, a distinguirem objetos luminosos e objetos iluminados e a observarem o comportamento da luz em determinadas situações. Além de favorecer o desenvolvimento do conhecimento sobre um tema científico complexo, a partir de tarefas de cariz experimental, também possibilita o desenvolvimento de competências em TIC, uma vez que implica a utilização de recursos tecnológicos que facilitam o registo de ideias e a representação dos conhecimentos adquiridos.
Sugestões & Dicas
- Para ver como os alunos podem criar facilmente um cartaz digital utilizando as ferramentas disponibilizadas na plataforma Glogster, sugerimos que consulte a Atividade nº 24 – Glog isso!
- Para consolidar as aprendizagens sobre os fenómenos estudados, poderá reservar um tempo para que os alunos explorem, com o apoio necessário e adequado às suas capacidades, o jogo “ligh and dark” disponibilizado na página web da BBC Schools em: http://www.bbc.co.uk/schools/scienceclips/ages/5_6/light_dark.shtml.
Segurança
De um modo geral, a utilização das tecnologias digitais que é feita pelos alunos ao longo desta atividade não os coloca perante qualquer risco em termos de segurança. Contudo, se optar por utilizar as ferramentas disponibilizadas na plataforma Glogster, sugerimos que crie uma conta única para gerir os trabalhos dos seus alunos e que reforce a importância do cuidado a ter com as informações que disponibilizamos online.
Outras ideias
- Com os desenhos produzidos, os alunos podem criar um álbum temático e divulgar os seus trabalhos através do site ou Blog da escola/turma, ou através de plataformas e redes sociais online. O serviço oferecido pela plataforma Pinterest é uma possibilidade bem interessante para organização e partilha de imagens na Internet.
- Também será interessante permitir que os alunos tirem algumas fotografias de paisagens e com elas façam algumas experiências de edição imagem usando um software específico e adequado às suas capacidades (ex. iPhoto, Picasa, Gimp,..). Peça-lhes que experimentem os efeitos e as opções de edição para ver o que acontece, por exemplo, quando aumentam ou diminuem determinados atributos da imagem (ex. o brilho, o contraste, a intensidade de cor, etc.).
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– Se existir ligação à internet, o professor pode criar um mural (ex. utilizando o mural.ly ou nuvem de palavras) para a parte da atividade relativas às sombras.
– Em termos das ferramentas Tuxpaints e kidpix, o fato de não necessitar de estar ligado à internet é uma mais valia, no entanto o estar em inglês vai exigir um maior acompanhamento por parte do professor (pelo menos inicialmente).
– As listagens efetuadas pelos alunos (2ª listagem/reorganizada) pode ser afixada no placard de turma (comunicação)
– Sugestão: Criar um portefolio digital da turma, onde são guardados os trabalhos efetuados nos programas de desenho. Este portefolio pode ir sendo enriquecido com os trabalhos digitais efetuados ao longo de todo o ano letivo.
– A atividade não refere formas de a avaliar. Sugestão:2 momentos de avaliação. 1º – avaliar as listagens efetuadas pelos alunos no placard, pode ser dada a oportunidade de a melhorar; 2º- a riqueza do cartaz digital criado (ex: mural.ly ou padlet)
– Consideramos a ferramenta Glogster talvez um pouco complexa para alunos desta idade, portugueses com pouco domínio do inglês. Existe também um limite de contas que o professor pode abrir em cada conta glogster (versão grátis).
– Sombras – Embora a organização a pares ajudasse a uma maior organização e permitisse uma maior interação com o material e entre pares, verificamos que o material necessário não seria exequível (turma de 26 alunos com pares – 12 lanternas; 12 candeeiros; 12 bolas, máquinas disponíveis para todos grupos etc….). Sugestão: Criar estações experimentais (estação 1 – mesa com 3 candeeiros, estação 2 – com velas, 1 máquina fotográfica por estação, ou a professora fotografa os trabalhos por estação, etc…)
– Como as fotos e listas (materiais criados) não exigem uma pesquisa em terceiros, não coloca problemas de maior relativamente aos direitos de autor, no entanto as fotos podem incluir imagens dos alunos, portanto deve-se ter atenção à sua divulgação. Por exemplo, verificar se todos têm direito de imagem autorizado pelos enc. de educação.
No que tange à atividade LUZ e SOMBRAS, constatamos que ela oferece aos estudantes a possibilidade de observar os fenômenos de óptica geométrica, diferenciando a luz artificial da luz natural. A partir das atividades propostas, os alunos podem construir hipóteses e aprender de modo coletivo. De perfil construtivista, a tarefa em questão abarca o saber do educando e o ajuda a elaborar uma visão científica sobre algo que faz parte do seu cotidiana. Nesta atividade, destaca-se a maneira como os alunos expõem o material final. Todo este é digitalizado e os estudantes usam efetivamente diferentes recursos tecnológicos. Trata-se de uma aula que não exige dificuldade quanto ao uso da tecnologia, pois o trabalho é feito de maneira coletiva e, provavelmente, aquele que tem mais habilidade com as ferramentas digitais ajuda aos que as dominam menos. Além disso, por meio das orientações existentes, nesta proposta, o educador não encontra grandes dificuldades em utilizá-las. É válido lembrar que o professor, como profissional da educação, tem o dever de trabalhar com a diversidade de processos de aprender, comunicar e construir conhecimentos com o uso das tecnologias. É importante, também, salientar que a atividade sobre luz e sombra pode ser trabalhada sem a presença efetiva da tecnologia online, no entanto, a introdução da mesma na confecção dos cartazes e a mediação do educador na condução das ações dos estudantes pode ajudar na construção do conhecimento. Referente à inovação, no ambiente escolar, a tarefa permite a partilha online dos saberes aprendidos, motivando aos que fazem parte deste ambiente e inovando a maneira de aprender entre os pares. Pensamos, ainda que a inovação tecnológica pode ser melhor entendida quando se observa a utilização de ferramentas como power-point e programas online para a produção de materiais educativos. O educador oferece alguns recursos tecnológicos que serão trabalhados, através de experiências, dando assim autonomia para o aluno. Por fim, verificamos que o foco desta reforma tecnológica está na ação planejada e criativa assumida em diversas situações de aprendizagem , a fim de melhorar a prática educativa no contexto escolar. Deste modo, é fato que a metodologia utilizada para a exposição do conteúdo programático oportunizou a inclusão digital dos alunos.
Comentário realizado de maneira colaborativa pelos alunos do IE da ULisboa.
Autores:
Alexandre Neiva
Graciella Watanabe
Kelly Miranda
Leandro Gomes